A posição portuguesa na tomada de posse de Daniel Chapo como quinto Presidente de Moçambique tem sido muito contestada nos planos social e político. Ao contrário de situações anteriores, esta quarta-feira Portugal não se fez representar pelo Presidente da República, mas pelo ministro dos Negócios Estrangeiros. Apesar de esta decisão ser saudada por quem contesta os resultados das eleições de outubro, o ministro Paulo Rangel tem sido visado nas críticas, designadamente pelo candidato Venâncio Mondlane, que acusa o chefe da diplomacia portuguesa de ser “parcial” e de “manipular” a opinião pública ao dizer que tem acompanhado o processo pós-eleitoral.
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Portugal escolheu “um dos lados” e poderá acabar a “lavar as mãos como Pôncio Pilatos”: as críticas à posição portuguesa em Moçambique
Ao contrário das tomadas de posse anteriores, Portugal não se fez representar pelo Presidente da República na investidura de Daniel Chapo. No lugar de Marcelo, que marcará presença nos 50 anos da independência de Moçambique, esteve Paulo Rangel. O chefe da diplomacia portuguesa foi alvo de várias críticas, incluindo a de ter assumido “uma posição consentânea com a dos falcões da Frelimo”, que tentam “marginalizar” o candidato Venâncio Mondlane. Rangel assegura que acolhe todas as críticas “com grande fair play”