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Guerra no Médio Oriente

Nado-morto no Cairo? Plano árabe para reconstrução de Gaza não convence

A Liga árabe aprovou um plano alternativo para a reconstrução de Gaza. Proposta egípcia não inclui exílio de palestinianos, mas não convence – não explica como é que o Hamas será afastado, e prevê um controlo administrativo por parte da autoridade palestiniana, numa solução de dois estados –, pelo que estará condenada ao fracasso. Israel e Estados Unidos já a rejeitaram

O Presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, foi anfitrião de uma cimeira por onde passaram os chefes da Liga Árabe, Ahmed Abu Gayt (à esquerda na imagem), e das Nações Unidas, António Guterres
Presidência do Egito/Anadolu/Getty Images

“O plano aprovado é uma alternativa credível, prática e realista para proposta que sugeria um exílio forçado dos palestinianos”, reverberou esta terça-feira, ao fim do dia, Ahmed Aboul Gheit, secretário-geral da Liga Árabe, no final da cimeira que juntou dezenas de chefes de Estado no Cairo para discutir e aprovar um plano árabe para a reconstrução e a governação da Faixa de Gaza, que tinha sido desenvolvido pelo Egito.

O mundo árabe acabou por aprovar um plano que prevê a reconstrução faseada de Gaza, durante cinco anos, e que “preserva o estatuto legal de Gaza como parte de um futuro Estado palestiniano”, governada pela Autoridade Palestiniana. A verdade é que este não convence. Entre omissões e estratégias pouco realistas, não explica como o Hamas seria excluído. Já foi rejeitado por Israel e pelos Estados Unidos já o recusaram.