Terminou a primeira fase de cessar-fogo entre Israel e o Hamas e o governo de Benjamin Netanyahu já tomou uma decisão: não entra mais ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
“Com a conclusão da primeira fase de libertação de reféns, e tendo em conta a recusa do Hamas em aceitar a proposta de [Steve] Witkoff [o representante de Donald Trump no Médio Oriente] para a continuação das negociações, que Israel tinha aceitado, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu decidiu que, a partir desta manhã, está impedida a entrada de todos os bens e fornecimentos na Faixa de Gaza”, de acordo com uma nota publicada pelo gabinete do primeiro-ministro.
Com este bloqueio, fica impedida a chegada de ajuda humanitária à região.
Mas o líder israelita não fica por aí: “Israel não vai permitir um cessar-fogo sem a libertação dos nossos reféns. Se o Hamas persistir nesta recusa, haverá consequências adicionais”.
"A comunidade internacional deve colocar pressão sobre o governo israelita para parar de pôr o nosso povo à fome", reage o grupo islâmico, segundo a BBC.
A Al Jazeera noticia que o Hamas considera esta decisão de Israel como uma “chantagem”, um “golpe” em relação ao cessar-fogo, um “crime de guerra”.
No sábado terminou a primeira fase do cessar-fogo, e dever-se-ia ter caminhado para uma segunda fase, com a retirada de tropas israelitas e libertação de todos os reféns, num permanente fim das hostilidades, como indica a Al Jazeera – mas Israel não queria passar já à segunda fase, sim uma continuação da primeira fase; por sua vez, o grupo que controla Gaza pretendia já essa segunda fase, considerando que o seu adiamento deixava claro que a guerra não acabaria.