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Guerra no Médio Oriente

“Agentes do Irão tentaram assassinar-me”, acusou Netanyahu após Hezbollah atacar a sua casa com drone: o resumo do 379.º dia de guerra

Um ataque do Hezbollah contra a cidade de Caesarea, que atingiu uma residência privada do primeiro-ministro de Israel, levou Benjamin Netanyahu a redobrar as ameaças contra o Irão. Nas ruas de Telavive, porém, é ele o visado por protestos de familiares e amigos dos 101 reféns ainda em posse do Hamas, na Faixa de Gaza, descrentes de que Netanyahu tenha real interesse em negociar a sua libertação

Efeito de um bombardeamento israelita à área de Dahieh, um bastião do Hezbollah, a sul de Beirute
Houssam Shbaro / Anadolu / Getty Images

Em Israel, a euforia provocada pela eliminação de Yahya Sinwar, o principal mentor do ataque do Hamas a Israel de 7 de outubro de 2023, foi interrompida, este sábado, por um ataque do Hezbollah que atingiu uma residência particular do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.

A casa foi atingida por um drone lançado do Líbano, que percorreu cerca de 80 quilómetros sem oposição até a cidade israelita de Caesarea, na costa mediterrânica. Netanyahu não se encontrava no local, como nenhum membro da sua família.

Reagindo ao incidente, o governante israelita implicou o Irão: “Os agentes do Irão que tentaram assassinar-me, a mim e à minha mulher, cometeram hoje um erro amargo”, reagiu. O Hezbollah é um grande aliado do Irão.

No ataque, estiveram envolvidos três drones, tendo dois sido abatidos pelo sistema de defesa de Israel. As autoridades abriram uma investigação a várias falhas detetadas, nomeadamente o facto de as sirenes de alerta de ataque iminente não terem soado na zona de Caesarea.