Guerra no Médio Oriente

Netanyahu promete "resposta severa" ao ataque nos Montes Golã: o 297.º dia de guerra

Gabinete de Segurança do governo israelita deixou à responsabilidade do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e do ministro da Defesa, Yoav Gallant, a resposta ao ataque de sábado no norte de Israel

Benjamin Netanyahu
Pool

O primeiro-ministro israelita prometeu, esta segunda-feira, durante uma visita a Majdal Shams, uma "resposta severa" ao ataque com 'rockets' que matou no sábado 12 crianças e adolescentes naquela cidade dos Montes Golã sírios, em grande parte anexados por Israel.

"Estas crianças são as nossas crianças. O Estado de Israel não vai e não pode permitir que isto aconteça. A nossa resposta virá e será severa", declarou Benjamim Netanyahu.

Segundo o exército israelita, os 'rockets' foram disparados do Líbano pelo movimento islâmico Hezbollah, apoiado pelo Irão, e caíram num improvisado campo de futebol onde muitos jovens estavam a jogar. O Hezbollah negou estar na origem do ataque mortal.

Os 12 mortos confirmados tinham idades compreendidas entre os 10 e os 16 anos e dezenas de outros jovens ficaram feridos, segundo as autoridades locais.

O Gabinete de Segurança do governo israelita deixou à responsabilidade do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e do ministro da Defesa, Yoav Gallant, a resposta ao ataque de sábado no norte de Israel.

Outras notícias que marcaram o dia:


Ativistas contra a ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza vandalizaram o Palácio Real em Amesterdão com tinta vermelha, que simboliza a cor do sangue, numa mensagem dirigida ao Governo neerlandês para abandonar o apoio a Israel. O grupo escreveu "Intifada", termo que designa as rebeliões da resistência palestiniana nos territórios ocupados, antes de os serviços de limpeza neerlandeses terem removido todos os vestígios de tinta, relataram as agências internacionais.

⇒ Pelo menos duas pessoas morreram num ataque com 'drones' realizado por Israel no sul do Líbano e entre os mortos está um membro do Hezbollah, confirmou o movimento xiita libanês. O movimento indicou que o ataque atingiu um veículo e uma mota que circulavam numa estrada no sul do território libanês, acrescentando que o membro do grupo morto era Abbas Hijazi e estava "a caminho de Jerusalém".

⇒ As companhias aéreas Lufthansa e Air France anunciaram a suspensão dos seus voos para a capital do Líbano, Beirute, perante o receio de um conflito militar entre Israel e o grupo islamita libanês Hezbollah. Os voos das companhias do grupo alemão - Lufthansa, Eurowings e Swiss - para a capital libanesa estão "cancelados até 5 de agosto, inclusive, devido aos atuais acontecimentos no Médio Oriente", declarou à agência AFP um porta-voz da companhia.

⇒ O secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit, manifestou-se preocupado com a possibilidade de "uma guerra regional" no Médio Oriente, indica um comunicado da organização pan-árabe divulgada no Cairo. A preocupação de Aboul Gheit foi avançada na sequência da morte de 12 crianças nos Montes Golã ocupados num ataque no sábado passado, num momento de maior tensão entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah

Israel deteve nove soldados para interrogatório após alegações de abuso sobre um detido numa instalação onde Israel mantém prisioneiros palestinianos, divulgaram as forças armadas. Os militares não divulgaram mais detalhes em torno do alegado abuso, dizendo apenas que foi aberta uma investigação sobre o caso.


⇒ O Ministério da Saúde de Gaza declarou o enclave palestiniano como "zona epidémica de poliomielite", dez dias após a Organização Mundial da Saúde ter confirmado que a doença foi encontrada nos esgotos do centro e do sul do território. "Este facto representa uma ameaça para a saúde dos habitantes da Faixa de Gaza e dos países vizinhos e é um revés para o programa global de erradicação da poliomielite", declarou, num comunicado, o ministério do enclave, governado pelo grupo islamita Hamas.