Israel disse, este domingo, que atacaria duramente o Hezbollah após acusar o grupo apoiado pelo Irão de matar 12 crianças e adolescentes num ataque com rockets que atingiram os Montes Golã, uma região da Síria ocupada e anexada por Israel desde 1967, escreve a agência Reuters. O Hezbollah negou qualquer responsabilidade pelo ataque, mas Israel já começou a sua resposta e atacou regiões no sul do Líbano.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu terminou mais cedo uma visita aos Estados Unidos e deve pousar em Israel ainda este domingo e reunir o seu gabinete de segurança para discutir a resposta israelita.
O Presidente israelita, Isaac Herzog, já tinha acusado, no sábado, o movimento islamita libanês Hezbollah de matar violentamente crianças nos Montes Golã. “Os terroristas do Hezbollah atacaram violentamente e mataram crianças hoje, cujo único crime foi saírem à rua para jogar futebol. Não regressaram”, declarou Herzog em comunicado, após a morte de 11 jovens, segundo o último balanço, nos disparos que atingiram a povoação árabe de Majdal Shams, nos Montes Golã, segundo o Exército israelita.
Segundo o exército israelita, foram enviados para Majdal Shams helicópteros, ambulâncias e unidades móveis de cuidados intensivos. “Chegámos a um campo de futebol e vimos destruição e objetos em chamas. Os feridos estavam deitados na relva”, declarou o socorrista Idan Avshalom, citado num comunicado divulgado pelo serviço de emergência israelita MDA.
O ataque com rockets ocorreu depois de uma fonte de segurança libanesa ter anunciado que quatro combatentes do movimento islâmico libanês Hezbollah, apoiado pelo Irão, tinham sido mortos por um ataque israelita no sul do Líbano.
O Hezbollah confirmou a morte de quatro dos seus combatentes. O movimento tem trocado disparos com o exército israelita numa base quase diária na zona transfronteiriça desde o início da guerra na Faixa de Gaza, desencadeada pelo ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro.
O Hezbollah afirma que os seus ataques contra Israel têm por objetivo apoiar o seu aliado Hamas e os palestinianos na Faixa de Gaza.
Israel ataca sete regiões no sul do Líbano
Israel bombardeou na noite de sábado sete regiões do sul e interior do Líbano, em resposta ao ataque do Hezbollah que matou 12 jovens da comunidade drusa de Majdal Shams, nos Montes de Golã, declarou hoje o exército israelita.
Os ataques israelitas foram dirigidos às zonas libanesas de Sabrinha, Borj El Chmali, Beka'a, Kfar Kila, Rab a-Taltin, al Khyam e Tir Hafa, segundo um comunicado militar israelita.
“Estamos a aumentar muito a nossa preparação para a próxima etapa do combate no norte”, disse o responsável do Estado-Maior do exército israelita, Herzi Halevi, durante uma visita ao campo de futebol atingido.
“Quando necessário, agiremos com firmeza. O nosso dever é devolver a segurança às populações do norte das suas casas na Galileia e nos Montes de Golã. É o nosso compromisso total”, acrescentou.
Os conflitos no Líbano ocorreram horas após 30 palestinianos terem sido mortos num ataque israelita a uma escola que abrigava pessoas deslocadas em Gaza. O exército israelita diz que atingiu um centro de comando do Hamas no complexo escolar e que tinha avisado previamente os civis. Entre os mortos encontravam-se 15 crianças e oito mulheres e, adicionalmente, 100 pessoas ficaram feridas.