O Presidente norte-americano defendeu a sua recusa em pedir um cessar-fogo em Gaza. Durante o encontro com o Presidente Chinês, em Washington, Joe Biden afirmou que o Hamas representa uma ameaça contínua para Israel e que as forças israelitas estão a evitar fazer vítimas civis.
“O Hamas já disse publicamente que planeia voltar a atacar Israel como fez antes, decapitando bebés, queimando mulheres e crianças vivas. Por isso, a ideia de que vão simplesmente parar e não fazer nada não é realista.”, afirmou Biden, na conferência de imprensa, na quarta-feira, citado pelo jornal The Guardian.
Biden afirmou que, de momento, não fixou um prazo para pedir ao exército israelita que cesse a invasão terrestre do enclave palestiniano e insistiu que o fim do conflito passa por apostar na "solução de dois Estados", um judeu e outro árabe, "de forma realista".
O Presidente dos EUA também defendeu que as forças israelitas deixaram os bombardeamentos aéreos, que eram mais “indiscriminados”, e passaram a realizar operações terrestres mais direcionadas. “As FDI, Forças de Defesa de Israel, reconhecem que têm a obrigação de usar o máximo de cautela possível ao atacar os seus alvos. Não é como se fossem a correr para o hospital, a bater às portas, a puxar as pessoas para o lado e a disparar indiscriminadamente”, declarou.
O chefe de Estado norte-americano disse ainda estar "relativamente otimista" sobre a próxima libertação dos reféns detidos pelo Hamas desde 7 de outubro e garantiu ter pedido a Israel que fosse "extremamente cuidadoso" na condução das operações no principal hospital de Gaza.
Biden disse que discutiu a situação perigosa no hospital, o maior de Gaza, durante a reunião com Xi Jinping. “Há uma circunstância em que o primeiro crime de guerra está a ser cometido pelo Hamas, ao ter o quartel-general e os militares escondidos debaixo de um hospital. E isso é um facto. Foi isso que aconteceu”, afirmou aos jornalistas.