“Nós, abaixo-assinados, reconhecemos a importância de manter e reforçar a paz no Médio Oriente e em todo o mundo, com base na compreensão e coexistência mútuas, bem como no respeito pela dignidade e liberdade humanas, incluindo a liberdade religiosa.” Este é o primeiro dos oito parágrafos da Declaração dos Acordos de Abraão, assinada a 15 de setembro de 2020 por Donald Trump, então Presidente dos Estados Unidos, Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, e os ministros dos Negócios Estrangeiros dos Emirados Árabes Unidos e do Bahrein.
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Normalização de relações entre Israel e Arábia Saudita está em risco? “Nunca houve base para um acordo”, desvaloriza investigador
Thomas Lippman, académico do Middle East Institute, diz ao Expresso que uma maior aproximação entre Telavive e Riade “não ia, de qualquer modo, acontecer”. Quanto aos Acordos de Abraão, que durante a Administração Trump aproximaram Israel de alguns países árabes, foram assinados “em detrimento da Palestina”, lamenta Lippman. E atira: “Podemos falar dos membros de extrema-direita da coligação [que governa Israel], mas Netanyahu é um deles”