Em menos de oito meses que o novo poder islamita leva na Síria, três minorias foram atacadas com grande violência: alauitas, cristãos e drusos. Esta é talvez a consequência mais dramática do desaparecimento do ditador Bashar al-Assad, que fugiu de Damasco para Moscovo a 8 de dezembro passado. O ditador recorria a estratégias repressivas para segurar o país, um mosaico complexo em termos étnicos e religiosos, partilhado por comunidades antigas, habituadas a resolver disputas e rivalidades à lei da bala.
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A vingança anda à solta nas ruas da Síria: depois de chacinas contra alauitas, cristãos e drusos, serão os curdos os próximos?
O fim do regime dos Assad e a subida ao poder de um governo islamita destapou o vespeiro sírio. Em poucos meses, apoiantes do novo poder vingaram-se de saudosistas do regime antigo. A minoria cristã foi atacada por um recém-criado grupo extremista inspirado no “Estado Islâmico”. E confrontos armados entre grupos drusos e clãs beduínos levaram Israel a bombardear Damasco. A Síria regressou aos dias da guerra civil