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Médio Oriente

Embaixador do Paquistão ao Expresso, sobre Caxemira: “A paz será fugaz se esta disputa não for resolvida”

As tensões entre a Índia e o Paquistão têm vindo a agravar-se desde o ataque em Pahalgam, em abril. Antes da ação militar indiana desta terça-feira à noite, o embaixador paquistanês alertava, em entrevista ao Expresso, que o seu Governo está pronto a “usar todo o espectro nacional de poder para defender a integridade territorial e soberania” do país

Dr. Muhammad Khalid Ejaz, embaixador do Paquistão em Portugal
ANTONIO PEDRO FERREIRA

A 22 de abril, num ataque na cidade de Pahagalm, na parte de Caxemira sob administração indiana, um grupo de homens armados matou 26 pessoas. Foi o gatilho para nova escalada de tensões entre o Paquistão e a Índia, que reivindicam a região de Caxemira desde o fim da colonização britânica em 1947 e já se envolveram em duas guerras associadas ao seu estatuto.

A Índia atribui o ataque em Pahagalm a islamitas apoiados pelo Paquistão, que nega qualquer responsabilidade e pediu uma investigação neutra ao ataque. Depois de numa fase inicial ter assumido responsabilidade pelo atentado, a Frente da Resistência, que surgiu em 2019 e é vista como ramificação do grupo Lashkar-e-Taiba, localizado no Paquistão, rejeitou qualquer envolvimento.