Benjamin Netanyahu sabia que não podia atrasar mais um acordo com o Hamas para a libertação dos reféns. Desde o dia 7 de outubro que o primeiro-ministro israelita enfrenta pedidos constantes das famílias daqueles que foram levados para Gaza para que faça deles a sua prioridade.
A contestação à sua liderança, que nos últimos dois anos foi permanente nas ruas de Telavive, estranhamente não se dissolveu no remoinho de problemas bem mais graves que o país enfrenta agora: uma guerra em Gaza e a sensação de que, afinal, todo o aparato militar e tecnologia de controlo dos palestinianos não é suficiente para impedir a morte de israelitas.
Embora os contactos para negociar um acordo de libertação tenham começado logo no dia do massacre, com uma mensagem enviada pelo Catar aos EUA para que se desse início imediato à constituição de uma equipa de negociadores, só quinze dias depois foram libertadas as primeiras duas mulheres.