Guerra na Ucrânia

Zelensky alerta: Rússia concentra tropas em Zaporijia para nova ofensiva

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou hoje que a Rússia está a reforçar as suas tropas na região ocupada de Zaporijia, preparando uma possível ofensiva no sul do país. Em conferência de imprensa, Zelensky revelou ainda o teste bem-sucedido de um novo míssil de longo alcance e apelou ao apoio dos EUA para desbloquear as negociações de adesão à União Europeia

Zelensky condenou o “assassinato horrível” e ordenou investigação imediata
AARON SCHWARTZ / POOL

O Presidente ucraniano disse hoje em conferência de imprensa que a Rússia está a concentrar tropas na região ocupada de Zaporijia, no sul da Ucrânia, preparando uma potencial ofensiva.

Segundo Zelensky, Moscovo está a transferir as forças da região russa de Kursk para Zaporijia, na Ucrânia.

As declarações de Zelensky foram prestadas na quarta-feira a um grupo de jornalistas, incluindo da Agência France Presse, mas sob embargo até hoje de manhã.

Em questões relacionadas com armamento, o presidente ucraniano afirmou que Kiev testou com "sucesso" um novo míssil com um alcance de três mil quilómetros.

O míssil "Flamingo" pode começar a ser produzido em grande escala a partir do início do próximo ano, de acordo com Zelensky.

Na mesma entrevista, o Presidente ucraniano disse ainda que pediu ao homólogo norte-americano, Donald Trump, para "convencer" o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, para desbloquear a abertura das negociações sobre a adesão da Ucrânia à União Europeia.

"Pedi ao presidente [Donald] Trump que garantisse que Budapeste não bloqueava a nossa adesão à União Europeia. O presidente Trump prometeu que a equipa norte-americana vai trabalhar no assunto", disse Zelensky.

Zelensky referiu-se também ao eventual encontro bilateral Ucrânia-Rússia, no quadro dos contactos diplomáticos estabelecidos nos últimos dias, afirmando que o encontro com o Presidente da Rússia pode ocorrer na Suíça, na Áustria e na Turquia.

Zelensky disse ainda que acredita que um encontro com Vladimir Putin "é possível após um acordo sobre garantias de segurança para Kiev".

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