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Guerra na Ucrânia

Quantos tanques seriam precisos para impedir a Rússia de invadir os Bálticos? “A Europa não tem noção da gravidade”

Em poucos meses, a UE passou da relutância em discutir compra e fabrico de armamento para abordar a necessidade de dissuasão nuclear própria. Estados Unidos ainda são aliados, mas agora mais imprevisíveis

Forças Armadas alemãs em exercícios militares Quadriga, com franceses, lituanos e neerlandeses, na Lituânia
Sean Gallup/Getty Images

Até à invasão em grande escala da Ucrânia, em 2022, a pergunta do título talvez nunca tivesse atravessado o pensamento dos europeus, pelo menos dos que residem na parte da Europa que se julga longe da amea­ça russa. Hoje, com as intenções imperialistas do Kremlin assumidas pelos correligionários de Putin na imprensa, e com um Presidente em Washington que não vê a aliança transatlântica como prioridade, a União Europeia (UE) tenta, em poucos meses, dar os passos que não deu em anos no sentido de construir uma arquitetura de segurança própria.