Até à invasão em grande escala da Ucrânia, em 2022, a pergunta do título talvez nunca tivesse atravessado o pensamento dos europeus, pelo menos dos que residem na parte da Europa que se julga longe da ameaça russa. Hoje, com as intenções imperialistas do Kremlin assumidas pelos correligionários de Putin na imprensa, e com um Presidente em Washington que não vê a aliança transatlântica como prioridade, a União Europeia (UE) tenta, em poucos meses, dar os passos que não deu em anos no sentido de construir uma arquitetura de segurança própria.
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Quantos tanques seriam precisos para impedir a Rússia de invadir os Bálticos? “A Europa não tem noção da gravidade”
Em poucos meses, a UE passou da relutância em discutir compra e fabrico de armamento para abordar a necessidade de dissuasão nuclear própria. Estados Unidos ainda são aliados, mas agora mais imprevisíveis