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Guerra na Ucrânia

A reunião dos líderes europeus em Paris em cinco perguntas e respostas: acabou a cooperação com os EUA em relação à Ucrânia?

Os líderes europeus apelam à unidade num momento que consideram de viragem. Numa reunião de urgência em Paris, debateram os gastos com a defesa e os planos dos EUA para a Ucrânia. Como podem ser interpretadas as declarações dos representantes ali reunidos? O momento é “muito perigoso”, garantem analistas ouvidos pelo Expresso

António Costa, Emmanuel Macron e Ursula von der Leyen, em Paris
Tom Nicholson

O objetivo era apresentar uma frente unida para dar resposta à exclusão da Europa das conversações sobre o futuro da Ucrânia. Mas as diferenças de opinião entre o Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Polónia, Países Baixos, Espanha e Dinamarca, Estados convidados a fazerem-se representar na reunião, ainda persistem, mesmo que atenuadas pela pressão do Presidente norte-americano. Ursula von der Leyen e António Costa foram também convidados para as conversações de urgência. Mas poderá uma Europa contra a parede pôr de lado divergências políticas e preocupações económicas internas quando o assunto é o futuro da Ucrânia, e, como acreditam muitos, o destino de todas as nações europeias? E poderão os líderes europeus forçar o seu lugar à mesa das negociações? Vamos por partes.