O FSB, serviço de segurança da Rússia, anunciou a detenção de um cidadão do Uzbequistão, suspeito de assassinar o general Igor Kirillov esta terça-feira, em Moscovo, noticia a agência Reuters.
A agência estatal russa TASS diz que o homem tem 29 anos e terá sido recrutado pelos serviços especiais da Ucrânia, com a promessa de 100 mil dólares e uma viagem para um país da União Europeia pelo assassínio do general.
O general Kirillov era o chefe das Forças de Defesa Nuclear, Biológica e Química russas. Tinha 54 anos e foi morto juntamente com o seu assistente, de 41 anos. A morte de ambos foi resultado de uma explosão perto de uma zona residencial em Moscovo. O ataque foi reivindicado pela Ucrânia: "O atentado bombista contra o tenente-general Igor Kirillov, comandante das tropas de defesa radiológica, química e biológica das Forças Armadas russas, foi uma operação especial do SBU".
O suspeito disse ter sido "recrutado pelos serviços especiais ucranianos", de acordo com o comité de investigação russo. A pedido destes, detalha a mesma fonte, chegou a Moscovo e foi-lhe entregue um engenho explosivo, que colocou numa trotineta elétrica estacionada perto do edifício onde vivia o general Kirillov.
O suspeito alugou também um carro que estava igualmente estacionado perto do edifício e onde estava instalada uma câmera de vigilância, de acordo com os investigadores. O vídeo filmado por esta câmera foi transmitido "em tempo real aos organizadores do ataque, para a cidade de Dnipro", na Ucrânia, disse.
Assim que o general e o assistente saíram do edifício, o dispositivo explosivo foi ativado remotamente pelo suspeito, referiu o comunicado.