As autoridades ucranianas informaram neste sábado terem-se registado, pelo menos, três mortos e 19 civis feridos depois de dois ataques russos, um na região de Kherson, no sul do país atacado, e outro na de Kharkiv, no leste. Segundo a agência ucraniana Ukrinform, que citou as autoridades militares de Kherson, na localidade de Prioserne, duas mulheres, uma de 72 anos e outra de 50, perderam a vida num ataque russo. Desse ataque, refere a agência, resultaram também três feridos, dois homens, um de 41 anos e outro de 85, e uma mulher de 58 anos.
Numa outra "série de ataques" à cidade de Budi, na região de Kharkiv, depois de soar o alerta aéreo, resultou a morte de uma pessoa e, pelo menos, 17 feridos, segundo o jornal ‘Ukrainska Pravda’, que citou as autoridades da região. De acordo com o mesmo jornal, ocorreram duas explosões nesse ataque, com diferença de meia hora um do outro, um pelas 13h40 (GMT) e outro pelas 14h12 (GMT). As autoridades ainda estão a recolher informações para determinar o número total de vítimas, mas registaram, até ao momento, nove hospitalizações, incluindo a de uma criança.
Pelo menos outras quatro pessoas foram mortas e nove ficaram feridas neste sábado na sequência de um bombardeamento russo nas cidades de Mirnograd e Kostantynovka, disse o governador de Donetsk, Vadim Filashkin. Os russos "estão a tentar matar o maior número possível de pessoas", afirmou Filashkin, na rede social Telegram.
Mirnograd "está a ser atacada pelo segundo dia consecutivo", acrescentou, e foi nesta cidade do distrito de Pokrovsk (sudeste) que duas pessoas foram mortas e seis outras ficaram feridas em dois ataques perto de uma paragem de transportes públicos e de escritórios oficiais. Em Kostantinovka está confirmada a morte de duas pessoas. O mesmo responsável deu conta de que um outro atentado bombista terá atingido a cidade rural de Raigorodok, ferindo pelo menos quatro pessoas.
Outras notícias que marcaram o dia
» Agências de serviços secretos ocidentais descobriram planos russos para levar a cabo assassínios, incêndios e outros crimes na Europa contra empresas e pessoas ligadas ao apoio ao exército ucraniano. Um desses planos previa matar o responsável por uma empresa alemã fabricante de armas, Armin Papperger, diretor executivo da Rheinmetall, disse um funcionário de um governo ocidental. O recrutamento de criminosos comuns em países estrangeiros para realizar os ataques é um dos procedimentos previstos nesses planos, segundo o mesmo funcionário, que não está autorizado a comentar o caso.
» O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, qualificou neste sábado a gafe de Joe Biden, que o apresentou como "Presidente Putin" na quinta-feira na cimeira da NATO nos Estados Unidos, como um "erro" que pode esquecer. "É um erro. Acho que os Estados Unidos têm apoiado muito os ucranianos. Podemos esquecer alguns erros, penso que é esse o caso", declarou o chefe de Estado ucraniano durante uma conferência de imprensa no aeroporto de Shannon, no oeste da Irlanda.on Harris, a quem agradeceu o apoio da Irlanda.
» O porta-voz da presidência da Rússia disse que a Europa pode estar em "ponto de mira" se aceitar a instalação de mísseis de longo alcance dos Estados Unidos no seu território, referindo-se à Alemanha. "Os Estados Unidos continuam a ganhar dinheiro. A Europa está no ponto de mira dos nossos mísseis. O nosso país está na mira dos mísseis norte-americanos na Europa. Já passámos por isto (...). Temos potencial suficiente para conter estes mísseis, mas as potenciais vítimas são as capitais desses estados", afirmou Dimitri Peskov, segundo a estação de rádio russa RBC.
» A Coreia do Norte "denunciou nos termos mais fortes possíveis" a declaração conjunta da NATO que condena o alegado fornecimento de armas a Moscovo por Pyongyang, informou a agência de notícias oficial norte-coreana. Numa declaração conjunta aprovada durante a cimeira da NATO, os líderes da aliança acusaram a Coreia do Norte de "alimentar a guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia" ao "fornecer ajuda militar direta" a Moscovo.