Yevgeny Prigozhin, o já falecido líder do grupo paramilitar Wagner, atravessou a Ucrânia há um ano, em 23 de junho de 2023, e tomou a cidade de Rostov, no sul da Rússia, após meses de tensões crescentes com a elite militar de Moscovo.
As suas forças iniciaram então uma breve investida em direção à capital, praticamente sem encontrar resistência. A "marcha pela justiça", como Prigozhin lhe chamou, terminou abruptamente no dia seguinte.
Apenas dois meses depois, o avião onde Prigozhin e outros membros da cúpula do grupo Wagner seguiam, despenhou-se provocando a morte de todos os tripulantes.
Durante o final de 2022 e o início de 2023, o grupo Wagner foi fundamental para as vitórias da Rússia no campo de batalha. As suas forças, em grande medida constituídas por ex-presidiários, conseguiram tomar as cidades de Soledar e Bakhmut.
No seu auge, o grupo Wagner tinha cerca de 50 mil mercenários na Ucrânia, de acordo com o Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos.
A BBC dá conta que uma parte do grupo paramilitar foi mobilizada para África, onde países como o Mali, Níger e Burkina Faso mantêm colaboração militar de Moscovo, que deste modo vai consolidando a influência no continente e tenta escapar ás sanções impostas pelo Ocidente.
Domingo marcado por ataques em Kharkiv e na Crimeia
A região de Kharkiv foi o principal alvo dos bombardeamentos russos durante este domingo. As autoridades ucranianas registaram 3 vítimas mortais, entre elas crianças, e mais de 40 feridos.
Nas últimas horas, a Associated Press dá conta de um novo ataque a Kharkiv, que terá provocado um morto e 11 feridos.
Um ataque aéreo ucraniano a Sebastopol, na zona costeira da Península da Crimeia, terá provocado mais de 150 feridos, segundo as autoridades russas. Moscovo afirma que a ofensiva foi feita com recurso a mísseis de fabrico norte americano.
Ucrânia afirma ter destruído base russa de drones
A Ucrânia afirma ter destruído uma base russa de drones e as imagens de satélite, divulgadas pelas autoridades ucranianas, mostram a destruição de um armazém supostamente utilizado para o lançamento de drones de fabrico iraniano e para a formação de soldados.
Moscovo ainda não comentou as declarações, mas afirmou, no início da manhã deste domingo, que tinha abatido 33 drones ucranianos sobre quatro regiões fronteiriças da Rússia.
Outras Notícias:
- O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, afirmou que as declarações do líder de extrema-direita, Nigel Farage, de que o Ocidente "provocou" a invasão da Ucrânia pela Rússia é "completamente errada e só serve os interesses de Putin".