A Suécia prometeu 13,3 mil milhões de coroas (1,16 mil milhões de euros) de ajuda militar à Ucrânia. “Trata-se de equipamento que está no topo da lista de prioridades da Ucrânia”, declarou a vice-primeira-ministra, Ebba Busch.
O Presidente ucraniano congratulou-se com a ajuda militar prometida pela Suécia, num momento em que o exército do país enfrenta uma nova ofensiva russa. “Estas contribuições são fundamentais para a defesa e resiliência da Ucrânia”, afirmou Volodymyr Zelensky.
Já na Rússia, Vladimir Putin disse, no decurso de uma reunião ministerial sobre os programas nacionais de desenvolvimento do país, que o Governo deve trabalhar da mesma forma que os soldados russos combatem na frente de guerra na Ucrânia.
“Nós, todos juntos, todos os que estamos aqui sentados, e todas as nossas equipas, devemos trabalhar exatamente como trabalham os nossos rapazes na linha da frente”, afirmou o Presidente russo, que considerou os militares russos que combatem na Ucrânia a “verdadeira elite” da Rússia.
Outras notícias do dia:
⇒ A ministra dos Negócios Estrangeiros finlandesa afirmou que a Ucrânia pode usar as armas doadas pela Finlândia para atacar alvos em território russo, porque a Organização das Nações Unidas reconhece o direito de um país atacado a defender-se do agressor. “A Finlândia não impôs quaisquer restrições concretas à sua ajuda material à Ucrânia, mas presume que o material será utilizado em conformidade com o Direito Internacional”, declarou Elina Valtonen.
⇒ Também o Canadá admite que a Ucrânia use as armas que lhe cedeu para atacar território russo. “Não existem condições de utilização final para o envio de armas do Canadá para a Ucrânia”, garantiu a ministra dos Negócios Estrangeiros canadiana, Mélanie Joly.
⇒ O ministro da Defesa português defende que Kiev possa utilizar armas ocidentais contra alvos em território russo, sempre numa lógica de “esforço defensivo”. Nuno Melo vai assim mais longe do que o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, que já mostrou relutância face à possibilidade.
⇒ O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, sente-se “relativamente confiante” sobre a participação internacional na cimeira de paz na Ucrânia que terá lugar na Suíça, estando em contacto com o Brasil, e estipula junho para arranque das negociações da adesão ucraniana à União Europeia.
⇒ O vice-secretário do Tesouro norte-americano visitou Kiev para discutir o apoio financeiro dos Estados Unidos e a aplicação de sanções à Rússia, incluindo a utilização de ativos russos congelados a favor da Ucrânia. “A economia da Rússia tornou-se uma economia de tempo de guerra, onde todos os meios de produção e indústria estão agora focados na construção de armas para combater a sua guerra aqui na Ucrânia”, frisou Wally Adeyemo.
⇒ A Human Rights Watch defendeu a “necessidade urgente” de adesão de todos os Estados ao tratado internacional que proíbe bombas de fragmentação. “Os ataques com bombas de fragmentação da Rússia à Ucrânia são um estudo de caso sobre os graves danos causados aos civis”, referiu a diretora da organização para crises, conflitos e armamento, Belkis Wille.
⇒ As autoridades ucranianas anunciaram a retirada de mais de 11 mil pessoas de três distritos da região de Kharkiv, constantemente atacada pelo exército russo. Já em Nikopol, também alvo regular de bombardeamentos, os ataques russos mataram dois civis.
⇒ O Governo ucraniano acusou a Rússia de causar 10 mil milhões de euros em danos às infraestruturas hídricas ucranianas, incluindo 3,5 mil milhões de euros da barragem de Nova Kakhovka, que Moscovo destruiu. “O ambiente não tem fronteiras. A água não discrimina entre as nações”, denunciou o ministro do Ambiente da Ucrânia, Ruslan Strilets, no âmbito da Semana Verde da Comissão Europeia, centrada este ano na água.
⇒ Vladimir Putin nomeou um antigo guarda-costas como secretário do Conselho de Estado da Federação Russa, anunciou o Kremlin. Alexei Dyumin, de 51 anos, juntou-se à equipa de segurança do Presidente russo em 1999, e o salto para a política levou-o a chefiar a divisão de operações especiais dos serviços secretos militares.
⇒ Investigadores ucranianos detetaram um “sistema de tortura em grande escala” em algumas cadeias da Ucrânia, incluindo Poltava, onde foi aberto um processo por espancamento e outros abusos contra os reclusos. Os agentes em causa podem ser condenados a uma pena de prisão até dez anos.
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