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Guerra na Ucrânia

“A ajuda nunca mais vem, mas os mísseis vêm todos os dias”: Zelensky leva de Portugal €126 milhões de ajuda

Numa breve visita a Portugal, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, não respondeu a nenhuma das duas perguntas que lhe foram feitas sobre a possibilidade de abrir, no futuro, negociações com a Rússia. Reforçou que os aliados não se podem cansar da guerra e agradeceu a Portugal o “acolhimento caloroso” dos refugiados. Por seu lado, o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, anunciou uma ajuda de 126 milhões para 2024 (dos quais 100 milhões já tinham sido acordados com o anterior governo) e prometeu esforços diplomáticos no sentido de trazer os PALOP para a Cimeira da Paz na Suíça

O primeiro-ministro Luís Montenegro, recebe na residência oficial o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky durante a sua visita a Portugal
Ana Baião

Pouco depois de o avião de Volodymyr Zelensky ter aterrado no aeroporto militar de Figo Maduro, em Lisboa, a bandeira da Ucrânia era hasteada na residência oficial do primeiro-ministro, ao lado das bandeiras de Portugal e da União Europeia.

De repente começaram a ouvir-se sirenes longe, depois cada vez mais próximas. Zelensky estava a aproximar-se. O helicóptero da Força Aérea, com atiradores de elite a bordo, sobrevoou, em voo baixo, a residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, no centro de Lisboa e só desmobilizou quando Zelensky saiu do carro. Ficaram os snipers nas janelas e nos terraços.

Durante cerca de uma hora, Zelensky e Luís Montenegro, discutiram um acordo que já estava escrito. Esta visita já deveria ter acontecido, mas foi adiada por um súbito susto nas linhas da frente perto de Kharkiv.