Se os serviços secretos russos falharam em prever o ataque no Crocus City, em Moscovo, em que pelo menos 137 pessoas morreram, em vários outros países europeus a atividade das suas secretas prossegue a todo o vapor, tendo-se intensificado nos últimos meses. "Porque não é a mesma coisa: uma coisa é conduzir operações ofensivas, outra é impedir que ataques terroristas aconteçam - para esta última, é preciso deter uma agência de recolha de informações muito eficaz", explica ao Expresso Andrei Soldatov.
“As operações de espionagem russa são hoje muito intensas; estamos quase a regressar ao início da Guerra Fria, aos finais dos anos 1940 ou início dos anos 1950”, diz o jornalista de investigação russo e especialista em secretas que vive no Reino Unido. Há vários sinais que o evidenciam: “A crescente frequência das operações, a espionagem convencional aplicadas aos assassinatos - em Espanha - e ataques físicos, em Vilnius”.