O exército russo diz ter abatido 35 drones ucranianos que sobrevoavam várias regiões do país, incluindo a região da capital Moscovo, este domingo, o último dia de votação para as eleições presidenciais russas e o 763.º dia de guerra na Ucrânia.
“Os sistemas de defesa aérea intercetaram e destruíram” 35 aparelhos aéreos não tripulados, quase metade dos quais na região de Krasnodar, informou o Ministério da Defesa russo na plataforma de mensagens Telegram.
Os restantes drones foram abatidos esta madrugada e manhã na região de Moscovo, assim como nas regiões de Belgorod, Kaluga, Oriol, Rostov e Kursk, todas situadas no oeste da Rússia, perto da fronteira com a Ucrânia.
Quatro drones foram também abatidos na região de Yaroslavl (oeste), localizada a cerca de 800 quilómetros da fronteira com a Ucrânia, num dos ataques de mais longe alcance lançados por Kiev.
O autarca de Moscovo, Sergei Sobianin, confirmou a destruição de dois drones que voavam sobre Domodedovo, em direção à capital, como parte de um ataque que “não deixou vítimas ou danos no local onde os destroços caíram”.
Mais tarde, Sobianin informou que “as forças de defesa aérea do Ministério da Defesa no distrito urbano de Ramensky repeliram o ataque de outro drone que voava em direção a Moscovo”, momentos antes de abaterem outro drone no distrito urbano de Stupino.
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⇒ Um novo ataque de drones ucranianos causou esta madrugada um incêndio numa refinaria no sul da Rússia e um morto, disseram as autoridades militares da região de Krasnodar. “O incêndio no complexo da refinaria de petróleo de Slavyansk está agora completamente extinto”, informou o quartel-general militar de Krasnodar.
⇒ Um drone explosivo enviado pela Ucrânia provocou um incêndio numa base militar em Tiraspol, na Moldova, anunciou o Ministério da Segurança do Estado moldavo. “Uma explosão causou um incêndio no território de uma base militar em Tiraspol. A investigação preliminar descobriu que a explosão foi causada por um ataque de drone kamikaze”, disse o executivo.
⇒ Vários líderes russos da oposição ao Kremlin que se encontram exilados pediram em Kiev a mobilização dos cidadãos para apoiar as milícias anti-Vladimir Putin, que deverá ser eleito para mais um mandato. “O principal objetivo de todos os russos deve ser apoiar a resistência armada russa de todas as maneiras possíveis”, defendeu um dos promotores do manifesto.
⇒ O Presidente francês, Emmanuel Macron, voltou a afirmar que as operações terrestres ocidentais na Ucrânia poderão ser necessárias “a dada altura”, em declarações após um encontro com o chanceler alemão Olaf Scholz e o primeiro-ministro polaco Donald Tusk.