Avdiivka está agora sob o controlo total da Rússia, anunciou o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, no sábado. Apesar de a notícia ter sido ofuscada pelos protestos e tentativas de prestar homenagem a Alexei Navalny (cujo óbito foi anunciado na sexta-feira), Vladimir Putin fez questão de dar os parabéns ao general russo Andrei Mordvichev, comandante do grupo de tropas responsável pela ocupação na região a que Avdiivka pertence. As forças ucranianas anunciaram também a retirada das suas forças. Na frente de leste, Avdiivka, considerada a porta de entrada para a cidade de Donetsk (apenas a cerca de 15 km), tem sido a cidade mais contestada. “Avdiivka caiu após seis meses de combates, com baixas russas grosseiramente desproporcionais, isto é, entre cinco e sete para um, a favor da Ucrânia”, sistematiza, em declarações ao Expresso, Harry Halem, investigador principal do Instituto Yorktown norte-americano, dedicado à Defesa.
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Um troféu modesto para Putin, que perdeu milhares de soldados: a conquista de Avdiivka não dita o vencedor
Em Avdiivka, cidade pouco relevante para as estratégias russa e ucraniana, são sentidas as tendências gerais que afetam a guerra: por um lado, a escassez de munições que lesa o país invadido; por outro, a perda significativa de tropas russas em objetivos militares curtos. “Os russos desperdiçaram as vidas de dezenas de milhares de soldados em troca de um ganho estratégico relativamente modesto”, descreve William Courtey, analista de defesa do think tank norte-americano RAND