Os ucranianos colocaram a primeira pela vez a bandeira azul e amarela em Dachi, margem leste do rio Dnipro, no território ocupado de Kherson, no fim de agosto. Dachi fica perto da ponte Antonovskiy, destruída na retirada russa de há um ano. Desde então as forças ucranianas têm-se acumulado na margem ocupada, em grupos de cinco a dez, a lotação dum pequeno barco. Com o tempo, firmaram posições já no final de outubro. Na margem ocupada, assiste-se a um avanço ucraniano sustentado, com centenas de militares a ocupar pedaços de floresta e a organizar ataques às posições russas em torno de pequenas cidades como Krynky, Poina, Pishchanivka, Pidstepne, as últimas três do lado oposto à foz do rio Inhulets, a servir de ponto logístico dos ucranianos.
Estas posições são defendidas do lado ucraniano com recurso a drones FPV e apoio antecipado de artilharia, não raro fruto de enormes campanhas de crowdfunding da Fundação de Caridade de Serhiy Prytula, também responsável pela compra de 105 veículos militares de artilharia leve Spartans com funções anfíbias, bem como embarcações rápidas semirrígidas. Certo é que as forças de Kiev já passaram veículos de artilharia pesada, por exemplo um BTR-4s, a bordo dum PTS-2, vocacionado para operações anfíbias, na direção de Krynky, há três semanas.