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Guerra na Ucrânia

Ucrânia ia a votos este domingo, mas invasão da Rússia comprometeu segurança e inviabilizou o sufrágio

Para os críticos, a legitimidade do Governo de Zelensky pode sair amolgada, mas o consenso, incluindo entre os organismos que analisam o Estado de Direito nos países do Conselho Europeu, é que não se deve realizar eleições em momentos de guerra aberta. A Ucrânia tem mais de seis milhões de pessoas a viver fora e ainda não há uma lei para permitir o seu voto

Se houvesse eleições na Ucrânia em tempo de guerra, as linhas da frente poderiam ficar desguarnecidas
Roman Chop/Global Images Ukraine/Getty Images

Se a Rússia não tivesse invadido a Ucrânia, este domingo, dia 29 de outubro, o Parlamento ucraniano, a Verkhovna Rada, teria 450 deputados novos ou reeleitos. Estavam marcadas eleições legislativas. Algumas vozes, a Ocidente, têm sugerido que a guerra não torna a democracia uma coisa que se possa esconder de balas e bombas, como se fosse um objeto frágil. É precisamente o contrário: é para usar em caso de emergência.

Uma dessas vozes foi a de Lindsey Graham, senador republicano pelo estado americano da Carolina do Sul. “Estou ciente de que o ambiente de segurança para realizar uma eleição seria um desafio. No entanto, não consigo pensar num melhor investimento para a estabilidade da Europa do que ajudar a Ucrânia a sobreviver como democracia independente, autónoma e baseada no Estado de Direito”, afirmou Graham na rede social X, anteriormente chamada Twitter.