Exclusivo

Guerra na Ucrânia

O que é que a Rússia ganhou ao assustar Elon Musk? O multimilionário não foi o único a ficar tão assustado que deixou de ajudar a Ucrânia

O empresário ligou a Walter Isaacson, o seu biógrafo, e disse-lhe que havia uma “forte possibilidade” de o ataque por drones marítimos levar a uma guerra nuclear. De acordo com Isaacson, Musk tinha falado recentemente com o embaixador da Rússia em Washington, que o avisou explicitamente de que qualquer ataque à Crimeia levaria a conflitos nucleares. O multimilionário sugeriu a várias outras pessoas (embora mais tarde o tenha negado) que, na altura, também estava em conversações com o Presidente Vladimir Putin

MUDANÇA “O Homem Desesperado Pelo Medo” (1844), óleo sobre tela de Gustave Courbet (1819-1877), na Galeria Nacional da Noruega, em Oslo

Uma noite, em setembro de 2022, um grupo de drones marítimos ucranianos entrou pelo Mar Negro, em direção à Crimeia, ocupada pela Rússia. Os seus criadores, engenheiros que faziam outras coisas até ao início da atual guerra, escolheram cuidadosamente estas embarcações rápidas, controladas remotamente e cheias de explosivos para atingir navios ancorados em Sebastopol, local que alberga a Frota russa no Mar Negro. Mas os drones enfrentaram um problema: o Starlink, o sistema de comunicações por satélite que a Ucrânia usava desde a invasão da Rússia no início do ano passado, inesperadamente, não estava a funcionar. Isto foi uma surpresa para os engenheiros. Várias pessoas, na Ucrânia e um pouco por todo o lado, começaram freneticamente a ligar e a enviar mensagens a Elon Musk, o proprietário do Starlink, para o convencer a viabilizar o sistema.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.