“É cedo para julgamos a contraofensiva ucraniana como fracassada”, disse o antigo general Americano de quatro estrelas, ex-diretor da CIA, David Petraeus, quando entrevistado para o podcast "Ukraine the lastest", de David Knowles, publicado a 9 de setembro no jornal “The Telegraph”. Petraeus, um dos mais experientes generais dos EUA, que esteve no terreno no Iraque e Afeganistão, expressava assim a sua opinião sobre os avanços da Ucrânia no terreno.
O Presidente Zelensky anunciou em abril que a contraofensiva não iria ser um filme de Hollywood mas a verdade é que a expectativa criada foi semelhante a uma série televisiva alimentada por inúmeros vídeos da linha da frente. A narrativa dos heróis, os cartazes a apelar a voluntários para o exército com oficiais das forças especiais com equipamento avançado, não representam a realidade no terreno e os vídeos da exército ucraniano com a mensagem “os planos adoram o silêncio”, deixaram expectante a audiência que assiste à guerra no sofá.
Os resultados iniciais foram tímidos e sangrentos no leste e no sul. As chefias militares ocidentais começaram duvidar da estratégia, os próprios ucranianos não pareciam preparados para a solidez das três linhas defensivas de Surovikin, que o exército russo terá montado no sul do país numa extensa região que engloba, em parte, os distritos de Donetsk, Zaporíjia e Kherson.