Historicamente, existe, em regra, uma divergência entre o que as forças militares no terreno solicitam e o que pode ser fornecido pelas indústrias de Defesa. No caso da guerra na Ucrânia, não é diferente. Os pedidos por armamento têm sido constantes no discurso das autoridades de Kiev, mas não só.
O antigo primeiro-ministro britânico Boris Johnson tem sido uma das vozes que mais reclamam, vincando que as tropas da Ucrânia não têm recebido aquilo de que precisam para vencer, o que voltou a fazer nos últimos dias, num artigo de opinião para a revista “The Spectator”. Questionando “por que não ‘estamos’ a dar à Ucrânia aquilo de que precisa”, Johnson argumenta que “os Estados Unidos doaram apenas cerca de 1% do seu orçamento anual de defesa às Forças Armadas da Ucrânia, ao passo que o Reino Unido forneceu apenas uma fração do que os Estados Unidos deram”.