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Guerra na Ucrânia

Guerra na Ucrânia é laboratório para a indústria dos 'drones'

Nunca houve tantos aparelhos no céu de um país em guerra. A vigiar, a atacar ou a fazer propaganda, os drones são um game changer
Paula Bronstein/Getty Images

Ao longo da História, não faltam exemplos de veículos aéreos não tripulados lançados contra um inimigo que se quer abater. No século XVII, na Tailândia, o exército do rei Phetracha forçou um principado rebelde à rendição fazendo sobrevoar sobre a fortaleza amotinada barris de pólvora atados a papagaios. Passados dois séculos, em 1849, naquela que é considerada a primeira tentativa de bombardeamento aéreo, os austríacos enviaram 200 balões de ar quente equipados com temporizador para lançamento de bombas na direção da República de Veneza.

Após o 11 de setembro, ao estilo de pássaros gigantes, modernos drones generalizaram-se como aparelhos de vigilância, nos anos da guerra ao terrorismo. Aos poucos, foram mostrando as garras e começaram a ser usados pelos Estados Unidos, ao abrigo da sua política de assassínios seletivos, em especial no Paquistão, Somália e Iémen, com quem Washington não estava em guerra.