Rivais económicos nos mercados de exportação de petróleo e gás, durante anos, Irão e Rússia tiveram uma relação marcada por suspeitas mútuas. Foi já em pleno século XXI que os dois grandes países se aproximaram, devido, sobretudo, ao antagonismo comum face ao Ocidente, o que os leva a serem considerados pelos analistas como Estados “párias” no sistema internacional (alienados por um pesado número de sanções). A Guerra na Ucrânia destapou os laços que antes se mantinham subentendidos, e deu-lhes uma nova dimensão, agora sim, alarmante para a face ocidental do mundo, apontam peritos ouvidos pelo Expresso.
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A aliança que pode mudar o equilíbrio militar do mundo: Rússia e Irão, que “usa a Ucrânia para experimentar arsenal e os seus drones”
Após o fim da tentativa de motim orquestrado pelo Grupo Wagner, o Presidente do Irão telefonou a Vladimir Putin para expressar “total apoio” ao seu regime. E tem sido mesmo assim, aliás, desde o início da Guerra na Ucrânia. Antes inimigos mortais, o Irão e a Rússia encontraram terreno comum para darem azo à sua aversão ao sistema internacional dominado pelos EUA. Mas os analistas temem que o apoio mútuo entre os dois países potencie as capacidades militares iranianas, aumentando as hostilidades no Médio Oriente