Recep Tayyip Erdogan, o Presidente turco, jogou forte, abanou as hostes, e obteve aquilo que queria – o reconhecimento que a Turquia é um país indispensável na NATO, e os tão ansiados F-16 americanos, que o Presidente Biden prometeu virão agora para a Turquia.
Os aviões americanos eram desejados há muito: Ancara quer comprar 40 aviões novos, e modernizar 79 outros que já estão na sua frota, num contrato que rondará os €20 mil milhões, e inclui também a venda de 900 mísseis ar-ar e 800 bombas para os aviões. Ancara colocou a encomenda depois da administração americana ter expulsado a Turquia do programa de desenvolvimento do novo caça americano F35, após Erdogan ter contrariado os seus aliados da NATO ao insistir em comprar uma bateria de mísseis russos S400, que os americanos dizem ser incompatíveis com os sistemas da Aliança Atlântica, enfraquecendo os mesmos. Na altura a administração americana impôs à Turquia uma série de sanções económicas e militares, e o congresso bloqueou a venda dos F-16 e outras armas.