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Guerra na Ucrânia

Adesão da Ucrânia à NATO ainda “não é possível”: “o principal entrave é a guerra” mas há outros “problemas por resolver”

Mais tarde ou mais cedo a Ucrânia vai integrar a Aliança Atlântica, mas agora não é o momento. O principal obstáculo à adesão é o conflito com a Rússia — e o próprio Zelensky reconhece que não pode “arrastar um único país da NATO para a guerra”. É certo que Kiev “não tem que ser uma potência ocidental para poder entrar”, no entanto, existem “múltiplos problemas” que ainda têm de ser resolvidos

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky
DIMITAR DILKOFF

Há meses que Volodymyr Zelensky tem insistido que a Ucrânia tem de se tornar um “membro de pleno direito” da NATO. Ainda na última quinta-feira, o Presidente ucraniano disse esperar um “convite claro” para a adesão na cimeira da Aliança Atlântica que vai decorrer no próximo mês na capital da Lituânia. Mas, no dia seguinte, Zelensky recuou e reconheceu o que alguns líderes europeus já disseram: a adesão é impossível antes do fim da guerra. E esse é mesmo “o principal entrave”, nota Manuel Poejo Torres, especialista em ciência política, segurança e defesa, e consultor da NATO.