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Guerra na Ucrânia

Não só com armas pode a China apoiar a Rússia na guerra da Ucrânia

O Ocidente insiste para Pequim não ajudar Moscovo nos esforços de guerra, mas o apoio pode ser dado clandestinamente. Além de um eventual envio de armas letais — receado pelos Estados Unidos e seus aliados —, o apoio pode vir a assumir a forma de material não diretamente associado a armamento

TINGSHU WANG / REUTERS

Nas últimas duas semanas têm-se repetido alertas dos Estados Unidos. Acusam a China de ponderar dar apoio militar letal à Rússia e de promover propaganda russa e desinformação sobre a guerra. Pequim respondeu às alegações afirmando que tem promovido negociações de paz e que “os Estados Unidos não têm o direito de apontar o dedo às relações China-Rússia”.

É palpável a tensão entre os dois países, recentemente marcada pela polémica do balão chinês abatido pelas forças norte-americanas. Mas se a Rússia publicou, semanas antes de invadir a Ucrânia, uma declaração conjunta com a China a assegurar que a amizade entre os dois Estados não tinha limites, desde que as forças russas cruzaram a fronteira Pequim adotou um discurso oficial de neutralidade. Apoio militar à Rússia seria uma contradição com esse posicionamento.