Alrosa, uma empresa com participação estatal, coloca no mercado 90% dos diamantes russos. E não é coisa pouca, tendo em conta que a Rússia produz cerca de 30% da oferta mundial de diamantes. No país, o mercado até pode ser considerado pequeno, já que as reservas de petróleo e gás natural depositam bastantes mais rublos nos cofres de Moscovo, mas o negócio continua a ter um impacto significativo nas contas russas. Então por que escaparam às sanções da União Europeia os diamantes provenientes da Rússia durante tanto tempo? A Ucrânia vinha a pressionar o coletivo europeu para que interrompesse a importação de diamantes brutos russos, já que o comércio enriquece a Alrosa, e até o o primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, já tinha admitido que aqueles recursos naturais são, afinal, verdadeiros “diamantes de sangue”.
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Diamantes russos ficaram até agora de fora das sanções ocidentais. Porquê? Numa palavra a resposta é: Antuérpia
Embora os EUA tenham imposto sanções à Alrosa, empresa que produz cerca de 90% dos diamantes russos, a União Europeia tem demonstrado relutância em fazê-lo. Os diamantes representam uma baixa percentagem das exportações da Rússia, quando comparados com o sector da energia. Ainda assim, as pedras preciosas compõem uma indústria multimilionária na Rússia. Então o que impediu, até agora, a UE de a sancionar?