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Guerra na Ucrânia

Zelensky quer “galvanizar” os americanos e “conquistar” os republicanos. Biden joga o capital político. Análise a um “encontro histórico”

A ajuda militar dos Estados Unidos é de tal forma essencial que o consenso entre os analistas é que a Ucrânia não estaria ainda a disputar qualquer território não fossem as armas que Washington continua a enviar. Por isso mesmo, em primeiro lugar, Zelensky foi dizer “obrigado” (repetidas vezes). Por trás do óbvio estão outros objetivos que passam por transformar a questão ucraniana numa causa “civilizacional” - para democratas e republicanos

Drew Angerer

O convite para que Volodymyr Zelensky fosse visitar a Casa Branca partiu dos Estados Unidos. O convite para falar no Congresso partiu de Nancy Pelosi, ainda presidente de uma Câmara dos Representantes que está a quase a mudar de mãos, dos democratas para os republicanos, depois de um pequeno desaire do partido de Joe Biden nas midterms.

O Presidente da Ucrânia aparece como aquele que mais tem a ganhar com esta que é a primeira visita que faz ao estrangeiro desde que a Rússia invadiu o seu país, há 301 dias. Porém, também os democratas querem galvanizar o povo norte-americano à volta desta que é uma das marcas da administração Biden: o permanente - e colossal - apoio financeiro e militar à Ucrânia.