Até o caos tem leis que o governam. A guerra parece sempre uma sucessão de atos ilegais, mas há uma série de leis que ditam o que pode e não pode ser feito num conflito armado, o que não é o mesmo que dizer que as partes envolvidas as cumpram.
Durante a invasão da Ucrânia pela Rússia, ambos os países foram acusados de irem contra o que está estabelecido na lei internacional, tanto no que diz respeito ao tratamento digno de prisioneiros de guerra como aos edifícios bombardeados. A Rússia voltou esta segunda-feira a elevar o nível do conflito, ao destruir infraestruturas essenciais à vida civil, como depósitos de água. Perguntas e respostas sobre alvos legítimos e ilegítimos à luz das leis que regem as guerras
Quais são as leis que governam as guerras?
São várias mas, no seu conjunto, as leis que regem o que pode ou não fazer-se numa guerra têm o nome coletivo de Direito Humanitário Internacional (DHI). São normas que visam limitar os efeitos dos conflitos armados junto das populações civis, proteger os que não estão envolvidos nos combates — um grupo que inclui não só civis como médicos, trabalhadores humanitários, soldados feridos, doentes, prisioneiros de guerra ou outros detidos — e impor limites aos meios e métodos de guerra (por exemplo, ao uso de certas armas).