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Guerra na Ucrânia

A guerra da informação e a “reconciliação impossível”: revista de imprensa russa

Ataque que vitimou prisioneiros de guerra está no centro da propaganda cruzada. Discurso endurece à medida que a invasão se arrasta

Imagem de satélite da prisão de Olenivka, em Donetsk, onde dezenas de prisioneiros de guerra ucranianos terão morrido num ataque a 29 de julho
EPA/LUSA

A agência noticiosa oficial russa Tass contava, quarta-feira à noite, que a Rússia convidou uma missão de apuramento das Nações Unidas para investigar um ataque com mísseis que matou pelo menos 50 prisioneiros de guerra ucranianos detidos na província de Donetsk, no leste do país e ocupada por Moscovo. A Rússia tinha bloqueado esta iniciativa durante vários dias após o ataque, ocorrido a 29 de julho. Entre as vítimas mortais estavam membros do batalhão Azov que se tinham rendido em maio em Mariupol, a cidade destruída após a invasão russa, iniciada a 24 de fevereiro.

A Ucrânia e a Rússia acusam-se mutuamente do ataque, como noticiaram “The Moscow Times (publicação digital bilingue que foi proibida na Rússia e se mudou para Amesterdão) e outros títulos ocidentais. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, considera ter havido um crime de guerra. O Ministério da Defesa russo alega que o ataque foi lançado de um sistema HIMARS fornecido pelos Estados Unidos, para evitar que os presos desertassem ou revelassem informações.