Volodymyr Sivkovych e Oleh Kulinich: estes são os últimos nomes na longa lista de altos responsáveis do Estado ucraniano que nos últimos meses foram presos ou demitidos por suspeitas de colaborarem com a Rússia. Ambos foram detidos há poucos dias, acusados de criar uma rede de espionagem para partilhar informação sensível com o invasor: o primeiro tinha sido o número dois do Conselho de Segurança ucraniano, o segundo era o braço direito do responsável pelos serviços de segurança na Crimeia.
Volodymyr Zelensky disse que a decisão faz parte do processo de “auto-purificação” da Ucrânia. Desde que a guerra começou, Kiev já abriu mais de 800 processos criminais contra cidadãos ucranianos acusados de traição. O número foi referido esta quarta-feira num comunicado dos Serviços de Segurança da Ucrânia (SSU), pouco tempo depois deste serviço ter ficado sem chefe: Ivan Bakanov, amigo de infância de Zelensky, foi primeiro suspenso do cargo por ordem presidencial e depois demitido pelo Parlamento.