Todos os anos, a Rússia celebra com pompa e circunstância o Dia da Vitória, a 9 de maio. Trata-se da comemoração da capitulação das forças nazis perante as tropas soviéticas, no fim da II Guerra Mundial, a que a Rússia chama Grande Guerra Patriótica.
A Praça Vermelha, em Moscovo, será o palco de uma parada militar com colunas de veículos, armas e tropas em desfile. Esta é “uma celebração em grande por natureza”, em que a Rússia tem “procurado fazer demonstração da sua grandeza passada, presente e futura”, começa por explicar Sandra Fernandes, professora na Universidade do Minho e doutorada em Ciência Política e Relações Internacionais.
“Não é só este ano que a Rússia irá dar um simbolismo muito grande às suas forças armadas, aos seus equipamentos e ao seu arsenal, nomeadamente em termos de mísseis. No contexto da guerra na Ucrânia, este ano afigura-se particularmente importante, no sentido de pelo menos em termos de imagem afirmar que a Rússia continua com as suas plenas capacidades militares e, portanto, de ofensiva na Ucrânia”, acrescenta a especialista.