Há uma palavra afixada em quase todos os carros que passam na direção de Mikolaiv: “crianças”. Folhas de papel coladas nos cantos superiores do vidro da frente, outras vezes a palavra pintada a spray nas portas laterais. À porta da Igreja Baptista de Bashtanka está uma carrinha com uma folha A4 colada aos vidros das portas de trás, onde se lê a mesma indicação. Dos puxadores das portas agitam-se ao vento pedaços de tecido branco, pendem do espelho retrovisor, dos espelhos laterais e enrolam-se na antena. Querem dizer “vimos em paz, somos civis”.
Mesmo ao lado, outra carrinha em pior estado, com marcas de balas, um vidro partido selado com plástico e fita-cola, ostenta os mesmos códigos. Por estes houve menos respeito.
Estas estradas perto de uma linha da frente que pode mudar de um dia para o outro não servem apenas para levar comida às zonas sob ocupação e trazer de lá os que querem fugir. São cenário de batalha. De ambos os lados chove artilharia capaz de matar quem por aqui circula.