As negociações entre a Rússia e a Ucrânia vão prosseguir esta segunda-feira, segundo confirmação do porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, à agência de notícias estatal russa RIA, avança a CNN.
Na sua página do Twitter, Mykhailo Podoliyak, conselheiro de Volodymyr Zelensky e um dos representantes da Ucrânia nas negociações de paz com a Rússia, escreveu que “as negociações prosseguem ‘non stop’ em formato de videoconferências. Os grupos de trabalho estão constantemente a funcionar. Um grande número de assuntos requer atenção constante. Na segunda-feira, 14 de março, será realizada uma sessão de negociação para resumir os resultados preliminares”.
Anteriormente, Podoliak tinha frisado no Twitter que a Ucrânia "não desistirá de nenhuma das posições" ou cederá a “ultimatos” da Rússia. E lembrou que as exigências são o fim da guerra e a retirada das tropas russas do país.
Segundo Podoliak, são esperados “resultados concretos” das conversações com a Rússia, e num vídeo que postou no Twitter salientou que a Rússia passou a ser "muito mais sensível à posição ucraniana" e "começou a falar de forma construtiva".
O conselheiro de Zelensky frisou ainda: “as nossas propostas estão na mesa”, com destaque para a retirada das tropas e o cessar-fogo, e afirmou ainda que a Ucrânia não vai "desistir de nenhum ponto, por princípio".
O objetivo imediato é que estas negociações abram caminho para a retirada de mais civis, principalmente em áreas bombardeadas pelas forças russas, como a cidade de Mariupol. A CNN lembra ainda que responsáveis da cidade confirmaram no domingo que um grande comboio esperado com ajuda humanitária não havia chegado, e que segundo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha centenas de milhares de pessoas estão em “escassez extrema ou total de necessidades básicas como comida, água e remédios” em Mariupol.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também garantiu este domingo num vídeo no Facebook que continua a trabalhar ativamente em negociações diplomáticas com a Rússia e com vista à marcação de um encontro com o Presidente russo, Vladimir Putin.