O que têm em comum? São generais portugueses, passaram pela ex-Jugoslávia e todos compreendem as razões pelas quais Putin invadiu a Ucrânia. Ou fazem análises “neutras” sobre a Rússia do ponto de vista geopolítico? Três oficiais-generais que têm feito análises televisivas à guerra tornaram-se esta semana tema de comentário na comunidade militar e entre especialistas de política internacional. Há mesmo quem os acuse de “putinismo”: o major-general Raul Cunha chegou a dizer, na SIC, que “o Presidente russo foi encurralado” pela NATO e justificou a anexação da Crimeia; o major-general Carlos Branco disse ao “Observador” que a Rússia não ia “permitir a chacina da população ucraniana russa” em Luhansk e Donetsk, classificando a parte ucraniana como “a ameaça”; um terceiro analista, o major-general Agostinho Costa, tem usado (nos três canais de televisão) argumentos como “a preocupação [dos russos] em não causar baixas civis”, ou a desvalorização da coluna paralisada perto de Kiev. No dia seguinte à invasão, garantiu: “Os russos já estão em Kiev.” E disse que Volodymyr Zelensky tinha fugido para Lviv, na zona ocidental.
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Ucrânia. A guerra sobre a guerra na TV: há generais portugueses ‘putinistas’ pró-Rússia?
Três generais portugueses, que fazem a análise da guerra nas televisões, têm sido acusados de posições pró-russas. Eles respondem que fazem comentários “neutrais” com base na doutrina militar e geoestratégica. E que não querem “diabolizar” nenhuma das partes. A guerra sobre a guerra tem estado ao rubro