As autoridades francesas anunciaram esta quarta-feira que terminaram as buscas no terreno por Émile, o menino de dois anos e meio que está desaparecido desde sábado à tarde em Le Vernet, nos Alpes da Alta Provença. A investigação entra agora numa nova fase embora não tenha sido “possível, até ao momento, descobrir novos elementos”, afirmou o procurador Rémy Avon num comunicado citado pelos órgãos de comunicação social franceses.
“A investigação judicial sobre as causas do desaparecimento vai prosseguir, nomeadamente analisando o considerável volume de informações e elementos recolhidos ao longo dos últimos quatro dias”, acrescentou. À AFP, o procurador deu como exemplo de um dos indícios sob investigação a análise de uma mancha descoberta na terça-feira num veículo “que se poderia pensar ser sangue”, mas que o laboratório conclui ser de origem animal.
Também esta quarta-feira, a BFMTV - citando fonte próxima da investigação - noticiou que a criança não estaria sozinha com os avós quando desapareceu do jardim da casa na aldeia de Vernet. A televisão francesa avança que estava a decorrer uma reunião familiar com a presença de uma dúzia de familiares, incluindo vários menores.
O mesmo canal televisivo acrescentou esta manhã, que apesar das buscas terem sido interrompidas, uma última parcela de terreno vai ser percorrida por 52 elementos das forças policiais. As autoridades mantêm também o apelo ao público, para que contacte a polícia caso tenha informações relacionadas com o caso.
O alerta para o desaparecimento de Émile foi dado ao final da tarde de sábado pelos avós, tendo sido visto pela última vez a brincar no jardim da casa destes em Le Vernet. As buscas, que decorrem desde então e chegaram a envolver cerca de 300 voluntários, levaram à interdição da aldeia a não residentes desde terça-feira.
Numa conferência de imprensa no domingo, o procurador da região de Digne-les-Bains disse que não foi excluída nenhuma opção apesar “não haver indícios” que apontem para a hipótese de rapto. Rémy Avon disse que duas testemunhas disseram às autoridades ter visto a criança a “sair do local de residência dos avós” e “numa rua inclinada”. "Foi aqui que o perdemos de vista", concluiu.