Destroços nas ruas, águas em bairros inteiros, lama, resgates, tumultos, medo e insegurança. Este é o cenário nas ruas de São Leopoldo, região metropolitana de Porto Alegre. A cidade se soma aos 431 municípios gaúchos atingidos pelo temporal que assolou o estado. Números que por si sós já são alarmantes, mas a urgência aumenta quando nomes, vozes, rostos e histórias são acrescentadas à maior calamidade do Rio Grande do Sul.
Não é a primeira vez que os moradores de São Leopoldo passam por enchentes. Em junho e novembro de 2023, o comerciante Adenir Ferri, de 49 anos, também teve sua casa atingida. “A água foi mais baixa, foi mais simples. Conseguimos levantar os móveis, depois voltamos para casa, limpamos, tocamos a vida, compramos o que tinha estragado, pintamos a casa… tocamos a vida normal”, relembra. Agora, a situação foi mais grave. A água quase atingiu o teto da casa, a força foi tanta que o impacto dos móveis e objetos levados pela enchente estragou o forro da residência.