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Japão

“As mulheres da máfia japonesa têm uma vida difícil porque não podem fazer parte da sociedade nem pertencem oficialmente ao gangue”

Chloé Jafé, artista e fotógrafa francesa que viveu sete anos no Japão, inaugurou a sua primeira exposição em Portugal, uma trilogia sobre a sociedade nipónica que vive nas margens. Da máfia Yakuza, onde as mulheres são “outsiders entre outsiders”, à cidade de Okinawa, destruída durante a Segunda Guerra Mundial, e ao bairro “esquecido” e “quase apocalíptico” de Osaka, a fotógrafa mostra “partes mais escondidas” do país

É a primeira vez que a trilogia Sakasa, de Chloé Jafé, está reunida na mesma exposição
Matilde Fieschi

Chloé Jafé partiu para Tóquio, em 2013, com a ambição de conhecer e fotografar a máfia japonesa, mais conhecida como Yakuza. Não para retratar os homens que lideram a organização criminosa hierarquizada, mas para “conhecer as mulheres por trás de todo este círculo” e que vivem na sombra. “Seduziu-me o que seduz toda a gente neste submundo. Há várias máfias, mas a japonesa é muito específica e especial. Senti que talvez houvesse uma história a contar e, quando me apercebi que não havia nada feito, pensei: ‘Esta é a minha missão, é isto que quero fazer, não tenho nada a perder’.”