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Sam Hou Fai: próximo líder de Macau salta da justiça para a política

Sozinho na corrida eleitoral a chefe do Executivo de Macau, Sam Hou Fai reuniu o apoio de 386 dos 400 membros que têm poder de voto. Defende que a cultura dos descendentes portugueses deve ser respeitada e a necessidade de “combater com firmeza as forças anti-chinesas". Enquanto magistrado, o seu nome ficou associado a decisões como a proibição da vigília em memória do massacre de Tiananmen

Sam Hou Fai (à dir.) concorre sozinho nas eleições do próximo domingo em Macau
Getty Images

As próximas eleições para encontrar um novo líder do governo em Macau realizam-se no domingo. Sem sufrágio universal e com apenas um candidato na corrida, o resultado é fácil de antecipar. A escolha – que se concentra nas mãos de 400 membros provenientes dos quatro sectores da sociedade – limita-se a um nome: Sam Hou Fai. O candidato deixou a presidência do Tribunal de Última Instância (TUI) de Macau, cargo que ocupava desde 1999, pouco antes de vocalizar a sua intenção de saltar da justiça para a política.

No seu programa compromete-se a assumir o papel de “dono de família” de Macau. Entre as linhas orientadoras que Sam Hou Fai planeia seguir constam a atualização do regime do salário mínimo, a promoção do “jogo responsável” e o combate às atividades ilegais, bem como a diversificação industrial. Sem esquecer a segurança nacional, sublinha a necessidade de “permanecer vigilante contra perigos mesmo em tempos de paz e prosperidade” e assegura que irá implementar o princípio “Macau governado por patriotas”, reforçar a “educação patriótica” e “combater com firmeza as forças antichinesas e perturbadoras da estabilidade de Macau”.