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“O povo de Myanmar continua a ser massacrado por uma junta ilegal”: três anos após o golpe militar, o mundo tem feito “muito pouco”

A ONU estima que um terço da população do país do Sudeste Asiático necessita de apoio humanitário urgente. A Amnistia Internacional revela que militares no poder recorrem a novas táticas para importar combustível e reprimir civis. Organizações locais lamentam ao Expresso que sanções sejam introduzidas a “ritmo de caracol” e não visem “bancos controlados pelos militares e empresas internacionais envolvidas no fornecimento de combustível para a aviação”

Membros da força de segurança militar de Myanmar patrulham uma rua de Rangum, a 1 de fevereiro de 2024, durante uma “greve silenciosa” de protesto e para assinalar o terceiro aniversário do golpe militar
STR/AFP/Getty Images

As Nações Unidas assinalaram o terceiro “aniversário sombrio” do derrube pelos militares do Governo eleito em Myanmar. A Comissão Europeia anunciou 19 milhões de euros em apoio humanitário, enquanto os Estados Unidos e a Austrália impuseram uma nova série de sanções contra a junta militar no poder na antiga Birmânia. E organizações não-governamentais denunciaram a intensificação de ataques aéreos ilegais e o recurso da junta a estratagemas para contornar sanções e obter armas e combustível.