Três dias, três anúncios. O arranque desta semana foi fértil em declarações da junta militar que está no poder em Myanmar desde o golpe de Estado de 1 de fevereiro de 2021. Na segunda-feira, anunciou o prolongamento do estado de emergência por seis meses. Na terça, um perdão parcial a Aung San Suu Kyi, antiga líder de facto do país do sudeste asiático. E na quarta, a substituição de cinco ministros.
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Junta militar de Myanmar impõe adiamento de eleições, mas alivia penas para mostrar “progressos”. Causa rohingya foi “esquecida”
Mais de seis mil civis terão sido mortos desde o golpe de Estado de há dois anos e meio. “A junta recorre a atos de terror, incluindo massacres, violações, tortura e incêndio de aldeias”, denuncia ao Expresso um grupo de ativistas que pede à UE a imposição urgente de mais sanções sobre os militares e a “rede de negócios” que os sustenta. Do outro lado, a junta reduz penas, como a de Aung San Suu Kyi, para conseguir um alívio das sanções. Enquanto isso, prossegue o “genocídio” de “uma das minorias menos desejadas do mundo” – e agora sem a atenção mediática que já teve