Após anos de diplomacia assertiva e combativa, a China parece estar a alterar o seu registo no palco internacional, tal como sugerem as visitas diplomáticas calendarizadas para os próximos meses na Europa e EUA e uma série de declarações conciliatórias por parte de altas patentes do Partido Comunista Chinês (PCC).
Os sinais estão lá: Xi Jinping, Presidente da China, esteve reunido com o Presidente norte-americano, Joe Biden, em novembro e recebeu Olaf Scholz, o chanceler alemão, em Pequim. Já Wang Yi, chefe da diplomacia no PCC, irá passar por Bruxelas em fevereiro, enquanto o vice-primeiro-ministro, Liu He, afirmou publicamente que a abertura ao mundo por parte da China é uma “obrigação”.
Mas o Ocidente têm-se mostrado cauteloso, e terá razões para isso: foi cancelada esta sexta-feira uma visita de Antony Blinken, o secretário de Estado norte-americano, à capital chinesa, inicialmente prevista para 5 e 6 de fevereiro, após o Pentágono ter revelado que um balão de ar quente de espionagem chinês sobrevoou os EUA a grande altitude.