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América Latina

Um ano de Milei: a surpreendente estabilização da economia e a desafiante dívida social para 2025

Javier Milei começa o segundo ano de Governo a agradecer aos argentinos “pelo comovedor sacrifício de 2024”, prometendo “tempos felizes em 2025” porque “o pior já passou”, mas, o mesmo ajuste fiscal que permitiu a estabilidade da economia no primeiro ano, também fez os argentinos perderem poder de compra e nível de vida. Paradoxalmente, mais de metade da população continua a apoiar o Governo

Javier Milei, Presidente da Argentina
Agustin Marcarian/Reuters

Na noite de terça-feira (10), o Presidente argentino usou a rede nacional de rádio e TV para fazer um balanço sobre o seu primeiro ano de governo e para anúncios sobre o que agora se inicia. “O sacrifício feito é comovedor e garanto-lhes que não foi em vão. Deixamos para trás o pior. O futuro será cada vez melhor. Serão tempos felizes na Argentina”, assegurou Javier Milei, rodeado pelo seu gabinete de ministros.

O Presidente anunciou que, no ano que vem, acabarão as restrições cambiais e de movimento de capitais. Na Argentina, os fluxos de capitais, principalmente as saídas de dinheiro do país, estão proibidas. Além disso, não se pode comprar moedas estrangeiras com a cotação oficial. Com isso, as empresas não podem fazer remessas de dividendos e as pessoas precisam de recorrer a mercados alternativos. Assim como o dinheiro não sai, também não entra porque nenhum investidor externo entra num mercado do qual depois não pode sair.