Com a invasão da Ucrânia por tropas russas, em fevereiro do ano passado, André (nome fictício) deu-se conta de “movimentações anormais” do Grupo Wagner na República Centro-Africana (RCA). “De repente, começámos a ver camionetas e autocarros cheios de elementos” do grupo paramilitar russo, conta ao Expresso o comando, que esteve em três missões na RCA.
“Não sei se estavam a partir, não consegui perceber”, até porque, adianta, “as tropas portuguesas estavam proibidas de ter qualquer ligação” com o grupo. Quando se cruzavam, ignoravam-se mutuamente, “mas havia sempre aquele clima de tensão”. “Nem podíamos acenar, porque alguns reagiam mal”, explica, ressalvando que “dentro da MINUSCA havia quem falasse com eles, como o contingente do Senegal”.